As roupas dos anos 80 conseguem ilustrar com perfeição o estilo da época, uma década que revolucionou o âmbito da moda. Influenciados pelas bandas de rock e pelo aparecimento da Eletromusic, homens e mulheres adotaram um look colorido e ousado. De um modo geral, a ambiguidade foi um traço marcante desta moda: estampas de oncinha, cores cítricas, ombros largos, pernas longas, cortes de cabelo assimétricos e acessórios "fake" conviviam com discretos tailleurs e com roupas de moletom e cotton-lycra recém-saídas das academias.
Roupas femininas
As mulheres podiam se inspirar em Madonna para possuir um figurino ousado e irreverente ou aderir ao estilo da Princesa Daiana, usando peças clássicas e ajustadas as formas femininas. Entre as roupas que dominaram o guarda-roupa das mulheres, aparecem: vestidos acinturados, saias balonês, Minissaia com legging em cores cítricas e jaquetas de brilho.
Roupas masculinas
Personalidades como Michael Jackson e Kurt Cobain lançaram moda com os seus looks, sendo que o grunge ( um subgênero do rock alternativo) do Rock foi o principal responsável pelo sucesso do All Star na época. Calças rasgadas e blusas que abusavam das cores foram peças usadas pela juventude, já que os adultos preferiam o clássico yuppie.
RESUMINDO....
.....O que foi moda nos anos 80:
-Calça baggy e semi-baggy
-Sandália de plástico (Melissinhas em geral)
-Ombreiras (tinha até sutiã de ombreira)
-Manga morcego
-Saia balonê
-Legging
-Batom 24 horas (não saía da boca nem com sabão)
-Scarpin
-Cores ácidas
-Mochilas e carteiras emborrachadas
-Tule no cabelo
-Faixas na testa
-Gola canoa
-Gel "New Wave"
-Polainas
Símbolo maior da Guerra Fria, o Muro de Berlim foi construído em 1961 e dividiu por 28 anos a Alemanha em dois blocos: a República Democrática da Alemanha - que seguia o regime socialista liderado pela União Soviética - e a República Federal da Alemanha - conduzida sob o regime capitalista. Depois da derrocada dos regimes socialistas, ele foi derrubado em 9 de novembro de 1989.
Porém, para entender a divisão do território, é preciso voltar no tempo, mais precisamente até o final da Segunda Guerra Mundial (1945), quando o país foi dividido pela Conferência de Potsdam em quatro zonas comandadas por soviéticos, franceses, britânicos e norte-americanos, vencedores da guerra. Apagar as marcas do nazismo e empreender um processo de reconstrução era o objetivo maior desses países aliados.
Contudo, a chegada dos recursos do Plano Marshall em 1947 - concebido pelo general George Marshall, então secretário de Estado dos EUA, para ajudar na reconstrução da Europa devastada pela guerra- fez com que a União Soviética se recusasse a participar do programa de recuperação, temendo que os dólares pudessem colocar em risco a hegemonia de Moscou no leste.
O então líder da União Soviética, Josef Stálin, reagiu à reforma monetária e à implantação da nova moeda na Alemanha, o marco alemão, ordenando o bloqueio do setor ocidental de Berlim, que estava controlado pelos defensores do capitalismo.
Convencido de que a interdição do acesso a Berlim ocidental forçaria a rendição das forças de ocupação, Stálin foi surpreendido por uma resistência, que conseguiu abastecer durante 11 meses a área bloqueada.
Com a suspensão do cerco de Stálin em maio de 1949 de forma diplomática, surgiram à República Federal da Alemanha e a República Democrática Alemã, consolidando a divisão do país.
O Muro
Até o ano de 1961, os cidadãos berlinenses podiam passar livremente de um lado para o outro da cidade. Porém, em Agosto de 1961, com o acirramento da Guerra-fria e com a grande migração de berlinenses do lado oriental para o ocidental, o governo da Alemanha Oriental resolveu construir um muro dividindo os dois setores. Berlim ocidental se transformou num enclave capitalista em território inimigo. Vitrine privilegiada da economia ocidental atraiu centenas de cidadãos orientais que arriscavam a vida para alcançar o outro lado.
Decididos a conter o fluxo de refugiados, os comunistas começaram a erguer o Muro de Berlim em 13 de agosto de 1961.Decretou também leis proibindo a passagem das pessoas para o setor ocidental da cidade.
O muro, que começou a ser construído, sem respeitar casas, prédios ou ruas. Policiais e soldados da Alemanha Oriental impediam e até mesmo matavam quem tentasse ultrapassar o muro. Muitas famílias foram separadas da noite para o dia. O muro chegou a ser reforçado por quatro vezes. Possuía cercas elétrica com alarme, 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda e valas para dificultar a passagem. Havia cerca de 300 torres de vigilância com soldados preparados para atirar.
Assim foi construído um dos maiores símbolos da Guerra Fria.
Com o colapso do bloco soviético é o fim do muro de Berlim.
O regime da RDA (Alemanha de Leste) entrou em colapso após a demissão de Eric Honecker em 1989. As manifestações que se sucederam culminaram com a queda do Muro de Berlim.
A queda do muro não dependeu de nenhuma ordem oficial, apenas o desejo latente e cada vez maior de liberdade, união e reencontro, além do enfraquecimento dos regimes socialistas. Um mal-entendido em relação a um comunicado oficial do governo da Alemanha Oriental, somado às pressões políticas e sociais externas e internas, provocou a derrubada do Muro de Berlim.
Reunificada oficialmente em outubro de 90, a Alemanha rica e próspera luta ainda hoje para superar a desigualdade existente entre ossies (orientais) e wessies (ocidentais).
Michael Joseph Jackson era o sétimo de 9 filhos de Joseph e Katherine Jackson.
De acordo com as regras do pai, as crianças eram mantidas trancadas em casa enquanto ele trabalhava até tarde da noite. Entretanto, as crianças sempre escapavam para as casas dos vizinhos, onde cantavam e faziam música. Até que um dia Joseph tomou consciência do talento de seus filhos e resolveu ganhar dinheiro com isso.
Foi então que Michael começou a cantar e a dançar, com 5 anos de idade, iniciando-se na carreira profissional aos 11 anos como vocalista dos Jackson 5.
Michael e seus irmãos gravaram vários álbuns, o que lhes rendeu fama mundial. Com apenas 13 anos, Michael, através dos Jackson 5, havia colocado quatro canções no topo das paradas. A partir de 1973 a popularidade do grupo começou a diminuir.
Durante sua infância Michael e seus irmãos sofreram constante abuso de seu pai, que batia frequentemente nas crianças, e as aterrorizava psicologicamente.
Em 1975, os Jackson 5 saíram da Motown e assinaram contrato com a Epic e tiveram que mudar o nome para The Jacksons.
Michael começou uma carreira solo em 1971.Seu primeiro álbum solo em idade adulta, Off The Wall, causou furor entre o público e a mídia especializada.
Apesar de ter vendido com um único álbum solo mais do que os The Jacksons haviam conseguido na carreira de 11 anos, Michael resolveu continuar com os irmãos, atendendo a pedidos da mãe.
No início dos anos 1980, tornou-se uma figura dominante na música popular e o primeiro cantor afro-americano a receber exibição constante na MTV.
Tempos depois, MJ aceitou um convite do cineasta Steven Spielberg para narrar a história do filme E.T., O Extraterrestre (1982) em um disco. Junto com tal projeto, Michael tambem estava gravando o álbum Thriller, sendo lançado em novembro de 1982.
Thriller é atualmente o álbum mais vendido da história, com mais de 110 milhões de cópias vendidas no mundo. Nos 2 anos que se seguiram ao lançamento, o álbum foi a maior sensação da América, chegando à primeira posição entre os mais vendidos dos EUA e permanecendo na posição por 37 semanas e mais 43 no top 10, um recorde. A turnê do álbum Thriller quebrou o recorde de maior público, antes detido por Elvis Presley.
Durante a divulgação de Thriller na noite de 16 de maio de 1983, 3 mil celebridades norte-americanas lotaram um teatro em Los Angeles para assistir a uma apresentação comemorativa dos 25 anos da gravadora Motown. 50 Milhões de norte-americanos acompanharam pela TV a apresentação dos vários artistas negros, até a entrada dos Irmãos Jacksons, que vão embora e deixam Michael Jackson sozinho no palco. Ele começou a cantar "Billie Jean". De repente, MJ parou de cantar, andou até o canto esquerdo do palco e voltou deslizando de costas. Naquela noite, mais do que imortalizar o passo de dança criado e batizado décadas antes pelo dançarino Bill Bailey como "Moonwalk", Michael Jackson consagrou-se como o Rei do Pop.
O clipe Thriller foi o primeiro a ser feito em forma de “filme”.
Jackson tornou-se o primeiro artista negro cuja música estava no ar na MTV, com o videoclipe de "Billie Jean", dirigido por Steve Baron.
Em 1984 Michael ganhou uma estrela na calçada da fama de Hollywood.
Jackson também foi um notável filantropo e humanitário, doando milhões de dólares durante toda sua carreira a causas beneficentes.
Em 1985, Michael se uniu a Lionel Richie com a ideia de gravar uma canção cujos lucros seriam revertidos para reduzir os índices de mortalidade pela fome no continente africano. Lionel compôs, no piano, a melodia. Michael escreveu a letra em um único dia. O resultado eles chamaram de "We Are The World". Para gravar a canção, foram 44 celebridades da música e televisão foram convidados, incluindo Cyndi Lauper, Diana Ross, Ray Charles e Stevie Wonder. O projeto arrecadou 200 milhões de dólares para a luta contra a fome na Etiópia.
No entanto, outros aspectos da sua vida pessoal, como a mudança de sua aparência, principalmente a da cor de pele devido ao vitiligo geraram controvérsia significante a ponto de prejudicar sua imagem pública. Posteriormente o cantor ainda contraiu outra doença de pele, sendo diagnosticado com lúpus no início dos anos 1990. Essa doença também causa alteração na pele, o sistema imune ataca as próprias células e tecidos do corpo, deixando o indivíduo com fortes dores e mais frágil á outas doenças. Isso explicaria o uso de máscara cirúrgicas em público, e o vício em remédios contra dor.
Jackson lançou Bad em agosto de 1987, não tão grandioso quanto Thriller, mas um grande sucesso. O álbum vendeu 30 milhões de cópias em todo o mundo e permaneceu durante algum tempo como o segundo mais vendido da história. Bad ainda teve um recorde de 9 canções lançadas como compacto.
Em maio de 1988, Michael se mudou da residência da família para um rancho recém-adquirido no vale de Santa Ynez. A propriedade foi batizada de Neverland.
Michael foi ouvido novamente nas rádios em novembro de 1991 com a canção "Black or White", o primeiro compacto lançado do álbum Dangerous.
Em junho de 1992, Michael saiu em turnê para divulgar o álbum Dangerous e quebrou recordes de público firmados anteriormente por ele mesmo durante a Bad World Tour, em 1987 e 1988.
Em 26 de maio de 1994, Jackson casou-se com Lisa Marie Presley. A união foi amplamente divulgada e criticada pela imprensa, que especulava sobre a conveniência do casamento, realizado meses depois do término das investigações criminais contra o astro. O matrimônio durou 2 anos.
Em novembro de 1996, o astro se casou com a enfermeira dermatologista Debbie Rowe, com quem teve dois filhos. O primeiro, Michael Joseph Jackson Jr., nasceu naquele ano. No ano seguinte, Rowe deu à luz Paris Katherine Jackson. A enfermeira abriu a mão de todos os direitos maternos e entregou a guarda das crianças a Jackson, gerando grande polêmica.
Em maio de 1997, o grupo Jackson 5 foi incluído ao Hall da Fama do Rock and Roll. Quatro anos mais tarde, em 2001, Jackson receberia a condecoração como artista solo.
Jackson teve seu terceiro filho, Prince Michael Jackson II (Blanket) em 2002. A mãe da criança se mantém anônima. Jackson revelou que a criança era resultado de inseminação artificial. Em novembro do mesmo ano, durante sua estadia em Berlim, Jackson apareceu na janela da varanda do quarto de hotel com seu filho recém-nascido. O cantor surpreendeu a todos quando pôs seu filho com um pano no rosto para fora da janela durante 3 segundos. Supostamente, ele fizera isto para mostrar seu filho aos fãs que se encontravam à entrada do hotel, que teriam pedido que ele o mostrasse. Este ato provocou severas críticas.
Michael recebeu, em 2006, oito Guinness World Records. Em novembro do mesmo ano, Michael recebeu o Diamond Award, dado a artistas que venderam mais de 100 milhões de discos. Durante a premiação, Jackson também recebeu o 9º certificado do Guinness da semana, dado em razão das 104 (na época) milhões de cópias vendidas do álbum Thriller. Este mesmo álbum tambem recebeu um prêmio como o mundialmente mais vendido de todos os tempos - quinze Grammys e 41 canções a chegar ao topo das paradas como cantor solo - e vendas que superam as 750 milhões de unidades mundialmente.
Um dos poucos artistas a entrar duas vezes ao Rock And Roll Hall of Fame.
Em 13 de julho de 2009 teria início uma série de 50 concertos, nomeado This Is It, na O2 Arena, em Londres.
Porém, os concertos não puderam ocorrer pois em 25 de junho de 2009, Michael Jackson sofreu uma parada cardíaca. O cantor foi socorrido em sua casa, mas como se encontrava em estado de coma profundo, foi levado ao hospital. Sua morte foi atribuída a uma overdose de fármacos que MJ tinha tomado nas horas anteriores para dormir, e administrados pelo seu médico pessoal Dr. Conrad Murray. O último a ser administrado foi o anestésico Propofol, sendo que 10 minutos mais tarde o Rei da Pop estava em paragem cardio-respiratória.
O adeus a Michael Jackson foi no dia 7 de julho de 2009. Primeiro o corpo foi velado em cerimônia privada, somente para familiares e amigos íntimos. Logo em seguida o corpo foi levado para um ato público no Staples Center, onde 17.500 pessoas acompanharam o tributo. Emissoras do mundo todo transmitiram o evento ao vivo.
No Brasil
Michael esteve 3 vezes no Brasil. A primeira foi em setembro de 1974, quando se apresentou, aos 16 anos, com os irmãos no então grupo Jackson 5, durante uma turnê pela América Latina.
A segunda vez foi em outubro de 1993. Na ocasião Michael fez dois shows com os ingressos esgotados no Estádio do Morumbi, pela Dangerous World Tour. O cantor já conhecido como o "rei do pop".
Na sua última passagem pelo Brasil, Michael gravou o clipe da canção "They Don't Care About Us", em Salvador, onde convocou a banda afro Olodum para tocar percussão pelas ruas do Pelourinho, e na Favela Dona Marta na cidade do Rio de Janeiro. No RJ, antes de gravar o clipe, a equipe do cantor teve que pedir autorização ao traficante Marcinho VP. Na época, a autorização dada pelo traficante causou mal-estar. Michael caminhou livremente pelos becos, sempre acompanhado por 60 homens - que teriam sido selecionados pelo tráfico. Outra situação desconfortável foi o fato de autoridades da época não quererem que o vídeo fosse gravado, temendo que ele denunciasse a pobreza do local e mostrasse as falhas do governo.
Uma estátua de bronze de Michael Jackson foi erguida no mesmo local onde o cantor gravou cenas do videoclipe um ano após sua morte. A laje também ganhou um mosaico do cantor feito pelo artista plástico Romero Britto. O espaço que antes já era chamado de "Laje Michael Jackson", recebeu o nome do cantor oficialmente.
Os anos oitentas foram marcados por uma intensa participação popular. Era a retomada das grandes manifestações de massa. Multidões ganharam as ruas após muitos anos de silêncio e de repressão aos movimentos sociais, advindos da ditadura militar.
Imagens da época da Ditadura Militar brasileira.
No início da década, houve inúmeras greves, a mais famosa, a greve dos metalúrgicos do ABC, deu origem ao partido do PT em 1980. No ano seguinte, em 1981 um episódio ajudou a marcar a decadência do regime militar no Brasil, o atentado do Riocentro , que foi uma tentativa de setores mais radicais do governo de convencer setores mais moderados do governo de que era necessária uma nova onda de repressão para parar com a lenta abertura política que estava em andamento, por fim não deu certo, e quatro anos depois ocorre o restabelecimento da democracia, com a promulgação da Consituição Brasileira (em vigor até hoje), em 1988.
Manifestação dos metalúrgicos do ABC. Lula ao centro.
Outro movimento de muita expressividade foi o das Diretas Já, que tomou conta do Brasil. Em que multidões, inclusive artistas e músicos, foram às ruas pedir eleições diretas para presidente da República, tendo inclusive a aliança de inimigos políticos, como Lula e Montoro, em prol da democracia.
Na política houve um grande acontecimento encerrando a década, a primeira eleição direta para presidente da Republica após de mais de 20 anos de opressão. Mesmo que quem venceu a eleição não tenha convencido.
Manifestação das Direitas Já,.
Esta foi uma década onde a nação brasileira viu renascer a democracia no solo brasileiro pelas mãos de seu povo. Foram anos marcados por muita esperança por um lado e por muita descrença do outro. Mas, se a política comemorava a volta da democracia, a economia anunciava tempos difíceis. Naqueles anos, o país se debateria contra uma inflação crescente e, ao que parecia, invencível, com um recorde de recorde 484,05%. Os índices econômicos positivos conquistados em períodos anteriores ficariam, quando muito, estacionários. Foram tempos difíceis, em que se avançou bem pouco economicamente. Os brasileiros estavam naquela que viria a ser chamada de “década perdida”.
“Estamos frente ao maior perigo que a humanidade já enfrentou” Essas palavras forma proferidas pelo Dr. Mostafa Toba, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente.
O que é a camada de ozônio?
A camada de ozônio é uma região da atmosfera terrestre, em torno de 25 a 30 km de altura, onde a concentração do gás ozônio é maior.
O ozônio é um gás atmosférico azul-escuro, que se concentra na chamada estratosfera. A diferença entre o ozônio e o oxigênio dá a impressão de ser muito pequena, pois se resume a um átomo: enquanto uma molécula de oxigênio possui dois átomos, uma molécula de ozônio possui três.
O Buraco
Há evidências científicas de que substâncias fabricadas pelo homem estão destruindo a camada de ozônio. Desde 1957 são feitas medições na camada de ozônio acima da Antártida e os valores considerados normais varias de 300 a 500 dobsons (unidade de medida que mede a concentração de ozônio).No ano de 1982, porém, o cientista Joe Farman, juntamente com outros pesquisadores da British Antartic Survey, observaram pela primeira vez estranhos desaparecimentos de ozônio no ar sobre a Antártida. Como estavam usando um equipamento já um tanto antigo, e os dados que estavam coletando não tinham precedentes, em vista da grande diminuição da concentração do gás (cerca de 20% de redução na camada de ozônio), acharam por bem aguardar e fazer novas medições em outra época, com um aparelho mais moderno, antes de tornar público um fato tão alarmante. Além disso, o satélite Nimbus 7, lançado em 1978 com a função justamente de monitorar a camada de ozônio, não havia até então detectado nada de anormal sobre a Antártida.
Joe Farman e seus colegas continuaram medindo o ozônio na Antártida nos dois anos seguintes, no período da primavera, e constataram não só que a camada de ozônio continuava diminuindo como ainda que essa redução tornava-se cada vez maior. Agora estavam usando um novo equipamento, o qual lhes indicou, em 1984, uma redução de 30% na camada de ozônio, valor este confirmado por uma outra estação terrestre situada a 1.600 km de distância. Nos anos seguintes a concentração de ozônio continuou a cair na época da primavera e, em 1987, verificou-se que 50% do ozônio estratosférico havia sido destruído, antes que uma recuperação parcial ocorresse com a chegada do verão antártico.
Como a camada é destruída?
Diversas substâncias químicas acabam destruindo o ozônio quando reagem com ele. Tais substâncias contribuem também para o aquecimento do planeta, conhecido como efeito estufa. A lista negra dos produtos danosos à camada de ozônio inclui os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos e o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Mas, em termos de efeitos destrutivos sobre a camada de ozônio, nada se compara ao grupo de gases chamado clorofluorcarbonos, os CFC.
Depois de liberados no ar, os CFC (usados como propelentes em aerossóis, como isolantes em equipamentos de refrigeração e para produzir materiais plásticos) levam cerca de oito anos para chegar à estratosfera onde, atingido pela radiação ultravioleta, se desintegram e liberam cloro. Por sua vez, o cloro reage com o ozônio que, conseqüentemente, é transformado em oxigênio (O2). O problema é que o oxigênio não é capaz de proteger o planeta dos raios ultravioleta. Uma única molécula de CFC pode destruir 100 mil moléculas de ozônio.
A quebra dos gases CFC é danosa ao processo natural de formação do ozônio. Quando um desses gases (CFCl3) se fragmenta, um átomo de cloro é liberado e reage com o ozônio. O resultado é a formação de uma molécula de oxigênio e de uma molécula de monóxido de cloro. Mais tarde, depois de uma série de reações, um outro átomo de cloro será liberado e voltará a novamente desencadear a destruição do ozônio.
Consequências
Com a destruição da camada de ozônio, os raios ultravioletas acabam atingindo uma pequena porção da superfície da Terra. É essa radiação que acaba provocando o câncer de pele, que mata milhares de pessoas por ano em todo o mundo. A radiação ultravioleta afeta também o sistema imunológico, minando a resistência humana a doenças como herpes.
Os seres humanos não são os únicos atingidos pelos raios ultravioletas. Todas as formas de vida, inclusive plantas, podem ser debilitadas. Acredita-se que níveis mais altos da radiação podem diminuir a produção agrícola, o que reduziria a oferta de alimentos. A vida marinha também está seriamente ameaçada, especialmente o plâncton (plantas e animais microscópicos) que vive na superfície do mar. Esses organismos minúsculos estão na base da cadeia alimentar marinha e absorvem mais da metade das emissões de dióxido de carbono (CO2) do planeta.
Uma doença até então desconhecida deixava a sociedade brasileira perplexa diante de tantos casos que surgiam e levava as pessoas a morte - inclusive famosos-, eis o cenário brasileiro no início da década de 1980 em relação a AIDS. Durante muito tempo o medo e a desinformação eram fatos do cotidiano das pessoas, sendo que tal desinformação associou a Aids aos homossexuais, pois foi o primeiro grupo no qual a Aids apareceu nos EUA e nesta época a doença ficou conhecidada como a “peste gay”, fazendo surgir o preconceito e a marginalização dos contaminados. A sociedade entrava em pânico, pois não sabia lidar com as pessoas contaminadas e com a doença.
Cantor Cazuza, magro devido à AIDS.
O novo vírus estava ligado à sexualidade, ao prazer humano, assuntos que fazia parte de todos, mas eram proibidas de serem faladas em ambientes públicos. Sexo e sangue, símbolos da vida, estavam se transformando em símbolos do perigo de morte. O tabu existente a cerca desses símbolos impedia a sociedade de debater sobre essa nova doença que assombrava todo povo. O vídeo abaixo retrata justamente isso:
A sociedade brasileira rejeitou fortemente os infectados. Chegou a acontecer atitudes de grande violência, como famílias manterem filhos presos em locais isolados, prostituta grávida sendo perseguida e a existir grupos de exterminadores que matavam os doentes nas ruas. Ninguém denunciava os criminosos, pelo contrário, existia até certa aceitação social de atitudes, por mais que alguns casos chegavam a chocar a opinião pública.
A medicina não sabia o que fazer, pois essa nova doença acabou com o ideal da ciência médica de dominar toda a natureza biológica humana. A religião também ficou desorientada, sua moral, sobretudo a católica, fez aumentar mais o medo e o preconceito do que qualquer outra coisa. Política, medicina e religião não souberam fazer ou dizer nada que pudesse oferecer alguma orientação à cura ou, pelo menos, para aliviar a dor dos infectados e diminuísse o medo e o preconceito na sociedade. Abaixo, um vídeo da notícia de descoberta da Aids no Fantástico em 1983:
Inúmeros fatores levavam a sociedade brasileira a ter essa reação diante da Aids. Entre eles a própria cultura marcada por uma forte moral religiosa, sobretudo a católica. Uma doença que aparece primeiramente entre homossexuais (grupo que já era vítima de preconceito) e que está ligada a comportamentos de risco, como à vida sexual promíscua e ao uso de drogas, fere toda a sensibilidade cultural de um povo cujos padrões morais não permitem tal comportamento.Porém pessoas fora dos tidos “grupos de riscos” começam a ficar infectadas com o HIV, tais como pessoas de todas os níveis sociais e de todo o tipo, até pessoas tidas "inocentes", como criança que se contaminavam por transmissão vertical (da mãe para o filho) e hemofílicos em transfusão sanguínea. A sociedade brasileira foi obrigada a repensar o seu trato com os infectados pelo HIV. O Brasil ao repensar teve avanços na lida com portadores do HIV/Aids e torna-se o primeiro país no mundo a incorporar nos direitos humanos a necessidade da preservação da dignidade das pessoas infectadas com a HIV. Todos têm direito ao acesso ao tratamento existente e não podem ser excluídos de qualquer coisa por serem portadores do vírus da Aids. Com isso os portadores da AIDS passam de um papel de culpados, para um papel de vítimas da doença.
O Brasil assume a sua responsabilidade social em relação os portadores de HIV e a luta contra a Aids, sobretudo no aspecto prevenção, pois a cura parece algo praticamente impossível de ser descoberta. O país começa a lutar por medicamentos para os soropositivos, luta que chega a embates internacionais, pois o Brasil teve que quebrar patentes para ter acesso a medicamentos mais baratos e oferecer a todos os infectados. Atualmente todos os soropositivos na nação brasileira têm direito a medicamentos antiretovirais oferecidos gratuitamente pelo SUS. O Brasil tem o melhor plano de assistência aos portadores do vírus da Aids, um exemplo mundial.
A Aids no Brasil, desde o seu surgimento, passou por um processo de transformação dentro da sociedade. Desde a sua total marginalização e o descaso do poder público até uma cultura de solidariedade ao infectado, à disposição social de assumir a necessidade da prevenção da doença e de um tratamento digno aos soropositivos. Porém ainda há muito que fazer, pois não se muda uma cultura e uma sociedade em duas décadas. A Aids gerou um pânico inicial com seqüelas presentes ainda nos dias, presente nos elementos que atrapalham a luta conta a doença. Não temos mais grupos sociais de risco, mas temos COMPORTAMENTOS de riscos presentes em todos os níveis da sociedade e ainda não sabemos muito como lidar com esses comportamentos. Apesar de que no Brasil, em meio à miséria e à marginalização dos soropositivos, surge uma integração, que somada à cultura da solidariedade e a atitudes governamentais, dão-nos uma esperança na luta contra essa pandemia e à possível convivência saudável com os infectados. Temos um tortuoso e dolorido caminho a percorrer para que realmente o mundo possa se espelhar em nós na luta contra a Aids.